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happyness is everywhere

O Povo português é essencialmente cosmopolita. Nunca um verdadeiro Português foi português: foi sempre tudo. FP

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A minha experiência com adopção

Há umas semanas, falou-se muito de adopção e coloquei uma nota mental para fazer um post acerca disso. Nessa altura, o assunto era cerca de 40 crianças tinham visto interrompido o seu processo de experiência, lembram-se?

 

Vivo num distrito privilegiado para um processo de adopção, já que o Refúgio Aboim Ascenção é aqui da zona e tem bastantes crianças institucionalizadas.

Quando o meu marido morreu, estávamos a pensar num segundo filho portanto para mim fez todo o sentido iniciar o processo de adopção no final do meu período de luto e depois de ter estabilizado a minha situação financeira.

 

Fiz as reuniões todas preparatórias, mas não cheguei a avançar para o processo propriamente dito, já que as dificuldades eram imensas. Eu sei que deve ser um processo moroso para que as pessoas possam tomar consciência se é efectivamente o que querem. 

No meu caso, era diferente. A lei ainda não tinha mudado, e as pessoas que não eram casal não podiam adoptar. Felizmente essa lei mudou mais tarde. Acho preferível estar só com uma mãe e no meu caso mais um miúdo, do que na instituição, certo?

Mas esse não foi apenas o único entrave. O Refúgio chegou a dizer-me de que poderia trazer uma criança à experiência durante anos. Mas na Segurança Social essa esperança foi pelo cano abaixo.

 

Porque a realidade é tão diferente. Há milhares de crianças nas instituições mas são crianças não adoptáveis. E as poucas que existem claro que eram entregues aos casais com um meio ambiente "mais propício" ao desenvolvimento da criança e da relação. Mas o que aprendi nessa altura é que essas crianças deixam de ser adoptáveis se os pais os visitarem pelo menos uma vez por ano (!). E há casos em que isso acontece, por inacreditável que pareça!

 

Não sei se estas regras se mantêm, mas a ser assim, o processo deveria ser revisto. Porque isso é abandonar uma criança e impedir que possa ser amada por outras pessoas.  

 

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