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happyness is everywhere

O Povo português é essencialmente cosmopolita. Nunca um verdadeiro Português foi português: foi sempre tudo. FP

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Livro Secreto- Round VIII

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Mais um livro que não foi óbvio para mim. Até porque nunca tinha lido nada do autor.

 

É um livro cheio de metáforas, de uma forma muito poética de contar história, a importância das palavras e dos sentidos, mais do que a história em si. 

 

Foi um livro que li devagar, porque se trata de um livro que pede pausas, que pede compreensão, pede maturação, pede digestão.

Gosto da forma como VHM nos apresenta a história, como nos introduz à Floresta dos Suicidas, à morte da mulher de Saburo, à cegueira e à mitologia inerente à maldade e ao karma. Ao silêncio e à escuridão, que se torna palpável e torna os sentimentos audíveis. Uma viagem de auto-conhecimento e solitária.

 

Nunca tinha lido Valter Hugo Mãe.

E fiquei espantada pela linguagem destemida, diferente. Palavras que parecem faltar mas que afinal não fazem falta. Não que não saibamos as conjugações, mas não o fazemos.  Porque não devemos usar dupla negação, mas usamos todos os dias. "...demorava para que houvesse nenhuma hipótese de precisar de calcar outra vez". "Espreitou e havia nada".

Realmente isto é o correcto, mas demora a habituar...

 

Livro enviado por mim: "Ferrugem americana" de Philipp Meyer

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Fevereiro 2017 - "Às Terças com Morrie" de Mitch Albom

Março 2017 - "Obrigada pelas Recordações" de Cecelia Ahern.

Abril 2017 - "O Velho e o Mar" de Ernest Hemingway

Maio 2017 - "O ladrão de Sombras" de Marc Levy

Junho 2017 - "O Talentoso Mr. Ripley" de Patricia Highsmith

Julho 2017 - "Os Olhos de Ana Marta" de Alice Vieira

Setembro 2017 - "Palestina" de Hubert Haddad

Outubro 2017 - "Homens Imprudentemente Poéticos" de Válter Hugo Mãe

4 comentários

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    Happy 12.11.2017

    Eu gostei bastante. E achei arrojado. 
    E porque não tentar adotar? Vejo nenhum problema! Image
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    Fátima Bento 12.11.2017

    É uma questão de hábito. 
    E achei (já que não sabia que essa é uma imagem de marca do autor) que o poupar palavras - a não utilização da dupla negativa - se adequava perfeitamente à cultura japonesa...
    Enfim... faz-me lembrar quando foram perguntar ao Chico porque é que no João e Maria o cavalo do herói só falava inglês (agora eu era o herói/ e o meu cavalo só falava inglês...), com uma mão cheia de teorias. Resposta do cantautor: não sei. Não sei mesmo. 
    A mania que temos de arranjar explicações eruditas para coisas cuja única resposta é um "porque sim"...Image
    - por falar nisso, já ouviste o "Caravanas"? Adoro, adoro, adoro!
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    Happy 12.11.2017

    Ahahahah, o Chico Buarque jogou as teorias todas por terra. É mesmo, tanta teoria para coisas que às vezes simplesmente não têm explicação!
    Conheço sim, "Caravanas". Mas gosto mais da "Tua cantiga", apesar da polémica...
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