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happyness is everywhere

O Povo português é essencialmente cosmopolita. Nunca um verdadeiro Português foi português: foi sempre tudo. FP

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Os 50

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 Meio século hoje.

É um lugar comum dizer que não se sente essa idade, mas a verdade é que a uma determinada altura percebemos que o corpo e a cabeça nunca têm a mesma idade. Confesso que há já coisas físicas em que tenho mais cuidado, mais receios e mais dores. 

Mas é quando olho para os meus pais, que vejo os 50 anos...

 

Antes de mais, tenho de agradecer por todos os que ainda tenho comigo. E tenho de agradecer também por ter conhecido os que já partiram e que iluminaram os meus dias. Especialmente ao meu marido, pelo filhote que fizemos, tão encantador naquele misto de personalidades, que tantas vezes me dá alegrias e onde o revejo.

 

Devia fazer um balanço. O que consegui? O que me falta conseguir?

Se os 40 são a década da consolidação, em que percebemos que efectivamente a juventude já se foi, os 50 trazem uma aceitação tranquilizadora.

Estou quase a deixar para trás o desassossego da educação e de criar o filho. Agora é colher os frutos de uma vida e acalentar uma relação diferente. Nem melhor, nem pior, diferente.

Tenho um trabalho que me realiza.

Tenho um segundo trabalho que me faz viajar e conhecer o mundo. E pessoas.

Estou mais tranquila.

Já consigo relativizar as coisas. Passei metade da minha vida a viver os problemas antecipadamente, ferozmente, até que cheguei à conclusão: "tenho de me importar menos com problemas pequenos". E clic... mudei!

Defini finalmente as coisas que me incomodam e aquelas que nem me beliscam. E aprendi a viver bem com isso!

Deixei de seguir muitas regras. E libertei-me de alguns conceitos (de beleza, moda etc.) que segui durante anos. Deixei de usar saltos porque me incomodavam e assumi o meu pouco mais que metro e meio. Deixei de comprar muito, para ter o essencial; deixei de fazer n gestos que me faziam ser escrava da imagem. Só faço e uso o que realmente me apetece. 

Valorizo o que posso dar às outras pessoas e aceitei que quem me ama, segue-me. Ponto. Os outros não fazem falta!

As transformações físicas são inevitáveis, mas a mudança da mente acompanha-as e há re-centralização, um re-equilíbrio. 

Com o filhote fora, ganhei uma liberdade de poder fazer o que me apetece quando me apetece.

Uma das coisas mais positivas é a premente possibilidade de realizar aquilo que sempre pensei fazer, mas  nunca fiz. Aos 46 anos, corri atrás de um sonho, consegui, trabalhei afincadamente e hoje sou reconhecidamente uma das duas pessoas com melhores desempenhos do mundo na minha função. Sabem o orgulho que isto dá? Saber que aos 50, sou apontada dessa forma? 

 

O que me falta fazer? Muito, mas todas elas relacionadas com viagens, tal como referi aqui num dos primeiros posts deste blog.

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Este blog foi também um marco na minha vida. Uma decisão que me trouxe muito de bom.

Agradeço-vos também pelo vosso apoio e por me acompanharem e ouvirem as minhas alegrias e também, mais esporadicamente, os meus lamentos! 

Esta noite, é noite de festa! 

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