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happyness is everywhere

O Povo português é essencialmente cosmopolita. Nunca um verdadeiro Português foi português: foi sempre tudo. FP

happyness is everywhere

Solidão ou solitude?

Desde que o meu filho saiu de casa para ir estudar, muitas pessoas acabam invariavelmente, por me perguntar se não me sinto sozinha.

 

E não sinto. Porque apesar de sentir a falta dele, tenho uma vida bem preenchida e os momentos que estou em casa - bem, eu gosto de estar em casa. Não é nenhum castigo. Até porque é preciso saber a diferença entre solidão e solitude, para ter consciência da nossa experiência.

Solidão diz-nos que não existe ninguém à nossa volta, e como tal há a sensação de vazio. Como ouvi ontem quando fui ao médico, uma velhota dizia " esta noite dei um jeito ao pescoço. E vim cá porque vivo sozinha, como um cão". Isto é triste...

solitude, traduz-se por se sentir bem consigo própria e com a sua situação, não advindo daí sofrimento. E eu revejo-me completamente nisso. Se veria da mesma forma se não tivesse o meu trabalho e as minhas viagens? Não sei. Há coisas que nunca saberemos, se elas não nos acontecerem, certo?

 

Mas viver só tem de ser por opção. Se não for por opção de vida, normalmente a pessoa sente-se infeliz. Eu sempre me bastei, mesmo quando era solteira e vivia só. Saí de casa dos meus pais muito cedo - tinha 14/15 anos. E talvez por isso, aprendi cedo a desfrutar da minha companhia. A não depender de ninguém. 

Talvez isto seja mais difícil para uma pessoa que saia da casa dos pais para casar, de uma casa para outra. Não sei explicar, mas viver sozinho dá-nos ferramentas para toda a vida.

 

Viver sozinho não significa que não se tenha ordem e organização. Ou que se saltem refeições. Ou que se coma apenas no restaurante. Ou que se coma da lata ou da couvette.

A verdade é que sou ainda mais organizada desde que o filhote foi estudar para Lisboa. Talvez porque já não existem restrições alimentares e posso finalmente cozinhar apenas o que gosto. E eu gosto de cozinhar vegetariano, o que com ele não era possível, ou pelo menos não era possível usar todo o tipo de vegetais de que gosto. 

Cozinho diariamente. Normalmente uma refeição da-me para duas vezes. Ou mais. Se fizer uma lasanha vegetariana, pode dar para mais... Mas adoro esta liberdade que tenho agora. A de experimentar pratos novos, de improvisar. 

 

Escrevi recentemente sobre a minha relação com a pasta dos Rascunhos. E este post estava para terminar desde dia 2 de novembro. E quando li este post da Ana, até achei que o tinha publicado, daí tê-lo repescado e hoje num dia mais atarefado, tê-lo finalmente terminado...

 

2 comentários

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    Happy 15.11.2017

    Pois há e cada vez mais, as pessoas ficam dependentes de outras. Eu não sou eremita, claro! Mas cada um na sua casa, parece-me o melhor!
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