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happyness is everywhere

O Povo português é essencialmente cosmopolita. Nunca um verdadeiro Português foi português: foi sempre tudo. FP

happyness is everywhere

Ainda Tancos

Toda a gente teve um amigo a quem chamava Cientista maluco.

 

Aquele que desmontava aparelhos lá de casa e quando montava, sobrava sempre peças mas ainda assim, o aparelho funcionava.

 

Não consigo de pensar no meu cientista maluco, quando oiço esta notícia de Tancos: recuperaram o material e vinha lá uma caixa de petardos a mais... 

 

Conhecer outros bloggers

Quando escrevemos, visitamos, comentamos, percebemos empatias com pessoas.

Por vezes essas empatias podem concretizar-se, outras nem por isso. Confesso que quando criei o blog, na base do anonimato, nunca pensei vir a conhecer pessoas. Ainda pretendo manter o meu anonimato, até porque só assim consigo escrever livremente, sem me preocupar com juízos das pessoas próximas. Mas está na calha conhecer algumas.

 

Surpreendentemente, na minha ida a S.Miguel, alguém desta plataforma percebeu que eu estava em Ponta Delgada e enviou-me um mail a dizer que gostaria muito de me conhecer. Acedi. Trocámos números de telefone para nos encontrarmos quando eu terminasse a formação.

 

E foi muito giro. Porque apesar de ser uma desconhecida, não o era completamente. Até porque pelos post publicados e pelas trocas de comentários, já existia um certo grau de conhecimento. E a pessoa era tudo o que publicava. E é bom quando percebemos que aquela imagem que construimos daquela pessoa por detrás daquele blog, corresponde ao que a pessoa é. Não posso entrar em pormenores, até porque ela pretende manter  anonimato, o que se torna mais difícil numa terra pequena, mas a experiência foi muito boa.

Não tomámos um café, optámos por jantar e foi assim que estivemos à conversa cerca de 3 horas. Muito bem passadas. Obrigada, M!! Gostei muito de te conhecer.

 

Tenho mais uma ou duas pessoas por aqui que estão na calha. 

E vocês, já tiveram esta experiência?

A Incrível Viagem de Arthur Pepper

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 Acabei de ler um livro fantástico.

Não tenho a certeza, em que blog vi referido este livro como um livro interessante. Sei que na altura resolvi adquiri-lo. Já o tenho em casa há quase um ano, e só agora há umas duas semanas o abri pela primeira vez.

Arthur Pepper é um velhote comum, serralheiro, viúvo da Miriam Pepper, e pai de um casal. Afastaram-se todos com a morte da esposa e mãe. Para conseguir sobreviver, o Arthur apega-se às suas rotinas adquiridas durante o tempo em que ainda fazia parte de um casal. Quase não sai de casa e pouco fala com outras pessoas.

Até que um ano passado da morte da Miriam, resolve fazer uma limpeza e descobre nas coisas dela, uma pulseira de ouro com berloques que ele nunca tinha visto. Resolve investigar a origem daquele objeto e começa por descobrir que aquele primeiro berloque com um número de telefone gravado pertence a um médico da Índia e de quem a Miriam foi ama, na sua adolescência. Tudo isto era tão misterioso. 

Deveria investigar mais? Afinal Miriam nunca lhe tinha contado esta história. E se descobrisse outras, que lhe mostrassem que a vida que tinha tido com ela, afinal era desinteressante, e que ele não tinha sido o único amor da vida dela, como ela tinha sido da sua?

Mas depois de espicaçar a curiosidade, não conseguimos parar, verdade? Arthur também não. E são essas aventuras, esse conhecer da juventude da sua mulher que o leva a descobrir que afinal, a rotina a que se tinha votado pode ser quebrada. E que Inglaterra é apenas um pontinho no mapa mundo.

 

Gostei do livro por ser um romance onde qualquer um de nós se podia rever, tem humor, problemas de relacionamento, pais, filhos e amigos. É um livres simples, de fácil leitura, mas que ao mesmo tempo nos faz pensar se a vida que levamos é uma vida conformada. Devemos olhar para lá do nosso quintal? Devemos criar memórias nos outros, ou podemos viver sozinhos? Devemos gastar o dinheiro em coisas que nos façam felizes?

Estas são as frases que mais me tocaram:

 

 medida que vou conhecendo gente que conheceu a tua mãe, percebo que o que as pessoas recordam é aquilo que tu fazes e aquilo que que tu dizes. Ela pode já não estar cá, mas continua viva nos corações e na memória destas pessoas"

 

"Podemos criar memórias a partir do dinheiro, mas não podemos criar dinheiro a partir de memórias"

 

Índia #3

Nada me surpreendeu tanto como o trânsito. Isto apesar de já ter visto uns quantos vídeos na internet e já ter lido umas coisas.

Mas quando estamos lá no meio, com tanta coisa a acontecer, nem sabemos para que lado olhar primeiro. E antes que me esqueça, tenho de falar que os condutores são calmos. Não reclamam com gestos, não ficam impacientes, nem resmungam entre dentes. Ok, buzinam. Mas percebi que usar a buzina é algo cultural entre eles. E serve para avisar (olha que me vou atravessar à tua frente, estou aqui do lado direito, mas vou já já fazer uma tangente para sair ali à esquerda). Ah, claro que não ajuda à nossa compreensão o facto de eles conduzirem do lado esquerdo. Claro, para ajudar à festa!

Como podem ver, podemos encontrar tudo numa rua de Delhi. Sejam carros normais, riquexós, tuc-tucs, autocarros, retro-escavadoras, tractores, motos, bicicletas e claro, animais... na segunda foto, uma bicicleta com 5 garrafas de gás em cima. Mas cheguei a ver com 7. Sete!! Claro que todas as bicicletas têm aquela protecção da roda, para caso haja toques, o condutor não dê uma cambalhota.

 

O que maior confusão me fez foi o completo desrespeito pelas linhas, pelas faixas. Aqueles riscos são meros desenhos no pavimento! E espelhos, ninguém olha para os espelhos. Os carros estão tão pertinho que nem é preciso espelho para verificar que a menos de 15 cm, tem um carro à esquerda e outro à direita.

Dei por mim a definir aquilo como condução à tangente. E depois de uns certos dias, até se começa a compreender uma certa ordem naquele caos. A sério...

Quando contamos as faixas - 3 e as filas de carros - 5, percebemos que nunca, nunca seria capaz de conduzir ali. Ainda que quase me tenham tentado a conduzir. 

E as pessoas não se chateiam, ponto. Nem quando há toques. O sistema de seguro deles funciona, independentemente da culpabilidade. É como uma gigante companhia de seguros. Portanto, para quê aborrecerem-se?

Cheguei a ver coisas do outro mundo - literalmente. Carros em sentido contrário. Está muita fila daquele lado? Bora deste. E ninguém reclama. Andei de táxi todos os dias para o trabalho e nunca, mas nunca ouvi uma xingadela! Uma bicicleta com 4 canos de esgotos com bem bem, uns 30 metros de comprimento? Possível... Agora imaginem um cruzamento onde todos vêm de todos os lados, e aquele adolescente a passar com 30 metros de canos... Hilariante. 

As motorizadas transportam a família inteira. Com e sem capacete. Ver uma moto com uma família de 5 é perfeitamente normal. O Governo emitiu uma lei este ano em que os veículos de 2 rodas só podem transportar duas pessoas. Mas segundo me disseram, vai levar tempo até toda a gente respeitar. 

Mas é absolutamente mágico ver as mulheres lindas nos seus saris vistosos, sentadas de lado como pendura numa moto. Um registo de cor e de beleza naquele caos. Parecem princesas 

 Em ruas de Delhi e num mesmo dia, vi este elefante, um par de camelos da foto seguinte, uns macacos a correr e uma vaca de pé no meio do trânsito. Quando olhei melhor, afinal eram duas vacas. Uma de pé, e a outra preta, deitada no meio da rua. Os carros, claro que se desviavam e contornavam a vaca. Puxei da máquina fotográfica que estava ligada, coloco o dedo para tirar a foto e... desliguei a máquina! Lá se foi o momento... 

 

 O que mais dizer sobre o trânsito? Que... atravessar uma rua ou estrada parece um passo muitíssimo ariscado, mas se mantivermos o nosso ritmo e não dermos fugidas, tudo acaba por se compor à nossa volta.

O segredo é mantermos sempre a mesma velocidade, por mais que a tentação nos faça querer dar uma aceleradela, pois só assim, os carros, tuctucs e restantes veículos se afastarão de nós como se fosse algo sintonizado...

 

Podem seguir os Índia anteriores aqui: Índia #1 , Índia 2,

A mudança da hora

Bem sei que muitos não concordarão comigo, mas eu gosto desta mudança da hora.

 

Claro que gostaria de ter ao final do dia uma réstia de sol, quando se sai do trabalho, mas para mim o que me mata, é mesmo levantar de manhã e ser ainda de noite. E esta mudança da hora resolve isso!

 

Hoje soube tão bem acordar com o dia já quase instalado!

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(imagem retirada da net)

 

Ponta Delgada

Estou desde ontem ao almoço em Ponta Delgada, para um fim de semana de formação.

Quero tanto, mas tanto, parar um bocadinho e aproveitar o meu sofá, sem aulas para preparar, ou outros compromissos!

Parece muito mal dizer isso?

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(post editado para acrescentar a fotografia. Ponta Delgada continua a encantar-me, por mais vezes que cá venha...)

 

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