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happyness is everywhere

O Povo português é essencialmente cosmopolita. Nunca um verdadeiro Português foi português: foi sempre tudo. FP

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Desafio da escrita - dia 30: Prémio

Tenho 77 anos.

A minha vida foi difícil. Numa era em que nenhuma vida de mulher era fácil. Ainda não é. Mas dantes, era mais difícil. Não só pelas mentalidades, mas pelas poucas facilidades.

Tive 10 filhos. Verdade que só os primeiros custaram a criar. Os outros, faziam parte da rola oleada e até parecia que se criavam sozinhos. A verdade é que era uma osmose de bondade e de costumes que fizeram a nossa família crescer e solidificar. Sabíamos que dependíamos uns dos outros. Mas no final de contas, nós éramos os adultos, responsáveis por todas aquelas crianças. Depois um dia fiquei sozinha. Eu e mais aqueles que dependiam de mim. Mas como família à antiga, numa aldeia verdadeiramente global como eram as aldeias, nunca nos faltou nada. Nem comida, nem amor.

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E hoje aos 77 anos, recordo a minha vida, olho para a vida dos meus filhos e vejo a perpetuação nos meus netos. E penso que isto é uma espécie de prémio por todo o esforço, por todas as dificuldade sofridas mas ultrapassadas. Porque no fundo, o prémio da vida não é esse mesmo?

Se estava bom assim

Porque raio mudaram???

 

Há situações em que se entende a evolução para melhor. Entende-se o porquê, mas quando não se percebe o porquê de mudar, perguntamo-nos: a sede de mudar sem qualquer vantagem é mesmo cega?

Cheguei ao Canadá e deparei-me com 3 situações:

 

1. Os carros estão a deixar de ter pisca. Sabem aquele pisca laranja, identificador de mudança de direcção? Pois, está a desaparecer. Só vi pisca em cerca de 10% dos carros. Vá, 15%.

A mudança de direcção é assinalada agora na luz de presença que pisca, mas se esta estiver ligada, apenas fica um pouquinho mais evidente. Pra quê? Não estava bem? Estava!

 

2. As torneiras da casa de banho. Já há algum tempo que reparava que alguns hotéis por essa Europa tinham torneiras sem o sinal de vermelho/azul. Nem de forma discretazinha. Pura e simplesmente não existe. E lá estamos nós a tentar perceber se o quente é para a esquerda ou para a direita. Tentamos um lado, continua a vir frio. Tentamos o outro. Ah se calhar tem de ficar mais tempo. Ah, afinal deve ser para o outro lado. WHY????? Dirão que se calhar nesses países o quente é sempre para o mesmo lado. Pois, talvez. Mas nós cá, temos torneiras com o quente para a esquerda e para a direita. Como raio saberemos como é nos outros países?? Custava muito deixar ficar lá uma pintinha???

 

3. Hambúrguer. Eu não costumo comer hambúrgueres. Mas por lá deparei-me com isto:

 

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É a nova moda. Um hambúrguer com ovo e carne, mas em vez do tradicional pãozinho, um waffle. Um waffle??? Please, não destruam o meu imaginário de coisas doces boas!!!!

 

Desafio da escrita - dia 29: Café

Um café e um cigarro. Era um ritual diário a que não conseguia escapar.

Durante anos e anos alimentara aqueles dois vícios que lhe davam - sempre simultaneamente - prazer.

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Até que um dia optou por se dedicar a apenas um amor. Primeiro foi o café e não resultou. Sentia falta dele. Depois foi o cigarro e também aí, era como se vivesse apenas a uma metade.

Pensou que deveria reflectir na vida, assentar ideias e verificar qual dos dois lhe fazia mais falta e qual dos dois poderia prescindia.

 

E chegou à conclusão que nenhum poderia deixar de fazer parte da sua vida. E assim, continuou com as suas duas paixões.

Ao passo que o café e o cigarro eram um prazer conjunto, no plano sentimental, um complementava-a e o outro também. E por isso resolveu que amando os dois, nunca conseguiria deixar um para trás. E enquanto o sentisse, não assumia estar a trair ninguém. Porque se entregava completamente a cada um deles... 

A primeira neve do ano

Ontem à noite depois de ter estado a chuviscar durante todo o dia, com o arrefecimento nocturno, caíram os primeiros flocos de neve. Muito cedo aqui para o Canadá, segundo estavam a dizer. Ou pelo menos para a província de Ontário.

 

 

E eu que estava cheia de sede, parecia um cãozinho de língua de fora...  

A neve tem o seu encanto para toda a gente, mas como eu comentava, para aqueles que não têm normalmente neve, tem um encanto muito maior...

 

Desafio da escrita - dia 28: Lua

A primeira palavra que o meu filho disse não foi mamã nem papá.

Aliás estas não foram de todo as primeiras palavras aprendidas. Antes disso ainda me despertava com pêxinho e como ele sempre foi muito comilão, eu dizia ao meu marido: Já viste bem que são sete da manhã e ele já me está a pedir peixe Levei uns dias até perceber que era beijinho... 

 

Mas voltando ao tema central, a primeira palavra que o filhote disse foi LUA.

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Tinha um fascínio em pequeno pela lua.

Um dia a conversar com a avó dele, e lhe contava desta historieta, ela ficou calada e depois disse.

- Já te falei do cofre que tenho no meu quarto e que um dia será para ti e para o P. O mais fascinante é que o código é esse mesmo: LUA.

 

Coincidências, não?

 

Desafio das 52 semanas - Semana 43

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Música que eu não me canso de ouvir. 

 

Podia escolher entre tantas, mas esta é a que, se eu tivesse de ouvir em loop, não me cansaria. Paixão e proibição numa só música.

 

 

  

Neste TAG participam para além de mim, a 3ª face, a Ana, a Ana Paula, a Catarina, o Carlos, a Carlota, a Charneca em Flor, a Daniela, a Desarrumada, o David, a Fátima, a Gorduchita, a Hipster Chic, a Isabel, a Mãe A, a Mariana, a Maria Mocha, a Marquesa de Marvila, a Mimi, a Paula, oP.P, a Sweetener, a Sofia, a Tatiana, a Tita e o Triptofano 

(nomes ordenados alfabeticamente)

Espreitem o que cada um de nós vai respondendo ao longo do ano também podem espreitar pela tag  52 semanas

 

Desafio da escrita - dia 26: Diário

A escrita sempre foi uma presença habitual na minha vida.

Em pequena, copiava versos, poemas, frases que despertavam um clic, numa compulsão coleccionadora de ideias.

E é esse conceito de coleccionar palavras com sentido que ainda hoje me impulsiona a escrever, a guardar e a memorizar. Porque nós somos o resultado do que pensamos e do que absorvemos, num equilíbrio às vezes perfeito, outras vezes nem tanto...

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