Eu sei que oficialmente ainda não entrámos no verão. Mas hoje apeteceu-me discorrer sobre esta amálgama de roupa que se veste na mesma semana. Ele é cavas e sandália, ele é camisola comprida, sapato e um pézinho para aconchegar, ele é uma écharpe que só por vergonha não substituímos por um cachecol mais fino...

Até há uns anos, eu revirava os roupeiros e as caixas de sapatos no princípio da primavera e pronto. Ficava feito!

Agora, num dia visto cavas, no dia seguinte (como hoje, ver foto), manga comprida e um aconchego.

(fato que trouxe da Índia e que adoro!!)

Isto são as alterações climáticas que NÃO estão a acontecer.

Ufff. Ainda bem, não é Trump??

Há uns anos estive na República Checa e recordo-me que as pessoas comiam o kiwi com casca.

Entretanto passaram uns anos e fiquei com dúvidas das minhas memórias. Seria mesmo isso que vi? Será que fabriquei uma memória? Então comecei a contar outros factos dessa viagem mas omitia sempre essa do kiwi.

Finalmente pude constatar que a minha memória era verdadeira, já que numa notícia da semana passada se falava mesmo disso. Kiwi com casca?? WTF??

Também já vos aconteceu duvidarem das vossas próprias memórias? 

Até aqui tenho falado das coisas positivas da minha dieta.

Sim, perdi 26 quilos e entretanto parei. Estou naquela fase em que manter é a palavra de ordem.

No domingo, ao chegar à porta de embarque, estava imeeeensa gente. Muita gente com miúdos que vinham de férias para o Algarve. Alternativa: muita gente sentada no chão. Nós optámos pelo mesmo. Escolhemos um cantinho  lá nos sentámos!

E foi aí que constatei que isto da dieta nem sempre é positivo...

Eu tinha uma almofadinha no rabiosque, sabem? Eu sei que entendem. Vocês todos/as.

As pessoas magras sabem do que estou a falar - quando se sentam, os ossos da bacia fincam no chão e as pessoas gordinhas sabem que aquela almofadinha dá um conforto já que é macia e confortável!

Mas fui uns dias de férias. À Suíça, numas férias compradas ainda em 2018, já a pensar neste fim de semana prolongado em particular. 

Foi muito giro, a cidade de Basileia é muito interessante, animada, e divertimo-nos imenso.

Alugámos bicicletas para calcorrear aquilo, apesar dos transportes públicos serem gratuitos. Achámos que seria uma experiência diferente. E foi. Muito giro. Só faria um pequeno parênteses, mas o que vou contar não chegou para estragar a experiência...

Estava de chuva (só duas algarvias, pagariam para ir de férias para a chuva ) e a cidade é atravessada por trams pelo que há carris em quase todas as ruas. No passeio ia um grupo de umas 10 pessoas. A minha amiga passou à minha frente. No momento em que eu ia passar, uma das peãs saltou para a estrada. E eu, para não lhe passar por cima, desviei. E enfiei a roda da frente no carril, claro. E dei uma grande cambalhota!

Fiquei um bocadinho escalavrada no joelho, umas nódoas negras valentes na perna mas claro que no momento estava quente...

O que nos rimos com a sujidade nike com que fiquei nas calças!! Mas pronto, duas tontinhas riem de qualquer coisa, não é? 

 Imagine being alone on a desert island. What happens to your identity? On a desert island, who would you actually be?

Mind Change – Susan Greenfield

Imagine estar sozinho numa ilha deserta. O que acontece com a sua identidade? Numa ilha deserta, quem seria você realmente?

Há alguns objectos que nós associamos aos velhotes. Chapéu de chuva mesmo quando não chove, e o banquinho desdobrável que servia para se sentarem quando estavam cansados ou enfrentavam uma fila.

À marmita já voltámos, agora falta o banquinho...

Mas com as decisões que o Metro e a Softlusa está a querer tomar, não sei não...

É só impressão minha ou quiseram tomar decisões populares e agora não há estrutura para tantas pessoas que aderiram?

Entusiasmei-me com a MJP já que nunca tinha feito pão de alfarroba.

Como não sabia se o filhote ia gostar, fui parca na alfarroba, pelo que não ficou tão escuro como seria de esperar! Ainda acrescentei umas sementes extras. 

Ficou escuro mas não muito. Nada como experimentar. Para a próxima, coloco mais um bocadinho 

Tenho coisas que não estão desaparecidas...

Não sei é onde é que elas andam!!! 

Ontem estava a passar os olhinhos pelo feed de notícias quando deparei com uma notícia que me deixou estarrecida!

Mas que raio de conversa é esta de trocar as sandálias pelos ténis???

Atão mas eu sonho com o bom tempo para libertar os presuntos e poder finalmente andar com os pezinhos à mostra, pintar as unhas de gelinho para que dure toooodo o verão, e sentir a liberdade que os pés dificilmente têm... E agora é isto??

Confesso que quem me tira as sandálias, tira-me tudo. Eu sou daquelas que até já chuvisca, que até já estamos em outubro, mas se ainda dá, então que a água entre de um lado e saia pelo outro!

A sério, eu não sou fashion-victim por isso até nem me vai atrapalhar, mas pensar que haja quem, à conta desta moda, opte por andar de ténis (ténis, senhores!!) com 35 ou 40º ultrapassa-me!!

E vós, ides aderir? 

Cada vez mais acredito que a vida são momentos. Há momentos em que estamos prontos para algumas experiências, outros não.

Comecei a ler este livro em princípios de Março. Não me cativou. Coloquei de lado na mesinha de cabeceira à espera de maior inspiração.

No fim de semana passado, ao arrancar para a praia, resolvi dar-lhe uma segunda oportunidade e ... estou fascinada!

Pego-lhe a cada momento numa avidez de o terminar. 

Por isso, percebo que o que gostamos (ou não) hoje, depende apenas da nossa receptividade. Do que estamos capacitados a dar ou a receber naquele momento. 

Neste caso, era apenas um livro, mas sei que já deixei escapar pessoas que naquele dia, não me apeteciam... (e não estou a falar com só da conotação sexual, entendam bem...)