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happyness is everywhere

O Povo português é essencialmente cosmopolita. Nunca um verdadeiro Português foi português: foi sempre tudo. FP

happyness is everywhere

A força que nós somos e temos

Ontem foi um dia duro.

Lidar com a morte da mulher de um amigo. Antes de tudo, saber se devia ligar ou não. 

Porque nem toda a gente vive a morte da mesma maneira. Eu por exemplo, quando o meu marido morreu, queria era paz e sossego, que me deixassem com a minha dor, para eu a purgar ao meu ritmo.

 

Acabei por falar com uma amiga comum e ela lá se convenceu a ligar. Ligou-me de volta. Que ele estava inconsolável, e que tinha acabado por ir ter com ele. 

Deixei passar mais um tempo e a consciência lá me ditou que apesar do momento difícil, eu teria mesmo de telefonar.

E assim que ele atendeu, desatámos os dois a chorar. Ele copiosamente, as palavras a atropelarem-se umas às outras, na ânsia de se convencer a continuar sem ela. O choro gutural a tentar cavar pelo meio das palavras, e a ausência, a incompreensão, a inconformidade.

 

Como se continua a partir dali? Como se ganha forças e coragem para levar mais um dia?

E apesar daquele ser o luto dele, de ser a dor dele, revivi tudo mais uma vez...

 

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