Quando se diz a alguém: Quero continuar a ser solteira...mas contigo.

Isto faz tanto sentido para mim, mas aparentemente tão pouco para os outros. Os que me interessam. Os que poderiam estar na minha vida, mas da forma como me parece ser a mais simples de todas.

Porque nem toda a gente consegue aceitar padrões de comportamento diferentes. Parece tão disfuncional ao olhos dos outros. Mas não é.

Quando os meus pais começaram a dormir em quartos separados, eu receei que fosse algum desaguizado entre eles. Até que percebi que para eles lhes fazia todo o sentido:

- tinham espaço (os nossos quartos vazios)

- tinham horários de sono diferentes

- tinham programas de Tv preferidos diferentes

- tinham preferências de roupa de cama diferentes (ele manta alentejana, ela edredon)

E a mim também me começou a parecer certo.

Por isso Ser solteira...mas estar contigo, não é mais do que ir contigo quando me apetecer, mas ir sozinha quando eu precisar disso. Quando a minha individualidade mo pedir. Quando o silêncio quiser ser a presença mais importante do momento. Quando eu quiser ser a presença mais importante do momento.

Mas isso é tão fora do padrão que me olham com estranheza...

Então pronto, deixo-o ir!