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happyness is everywhere

O Povo português é essencialmente cosmopolita. Nunca um verdadeiro Português foi português: foi sempre tudo. FP

happyness is everywhere

Cadê os filtros sociais?

Então vamos à segunda tentativa do post que ontem perdi. É impressão minha ou quando isso acontece, parece que as palavras se conjugavam perfeitamente e aquele era MESMO o melhor post do mundo

 

Não sou de olhar muito em redor. Não sou curiosa na relação com as outras pessoas, mas quando as situações vêm ter comigo, não tenho como as evitar.

 

No avião de regresso a Portugal, calhou-me o assento do meio. Confesso que ao longo dos meus 27 anos de viagens, só me sentei nesses lugares duas ou três vezes. E essas bastaram para saber que não sou fã.

Mas quase a fechar a porta do avião, entrou uma rapariguita loura, de Leste, que disse estar junto à janela. Quando eu e o meu vizinho nos preparávamos para levantar para a deixar passar, ela disse qualquer coisa à assistente de bordo e desapareceu para o fundo do avião. Nunca mais voltou e eu pensei que ela se tinha ido sentar ao lado de alguém que conhecia.

Entretanto, o avião mexeu, as demonstrações de segurança começaram a ter lugar e como o lugar à janela continuava vago, para não viajar em cima do meu vizinho, mudei-me. Ao fim de um bocadinho - já o avião rolava na pista - a menina voltou e com um ar pouco simpático, disse-me que fazia questão de ocupar o seu lugar, à janela. Nem respondi, limitei-me a levantar - ambos o fizemos -para a deixar passar.

Acto contínuo, começou a tirar selfies. Verificava, apagava. Tirava nova selfie, verificava, apagava. E passou a meia-hora seguinte nisto até ter conseguido a foto perfeita (segundo ela, porque eu não vi) . Nisto, a tripulação começou a servir a refeição.

Como não deve ter gostado ou não lhe apetecia, examinou as mãos e foi então, enquanto eu tratava da minha rúcula, que foi à sua mega-mala e sacou de uma lima.

 

Maaaauuuuu!!!!

 

Eu não queria acreditar. Tratei de tapar o meu chá para que não recebesse resíduos dos cascos da menina. Ainda para mais, a lima era das de metal, que me incomodam sobremaneira a nível sonoro. Enfiei a cabeça no livro e tentei ignorar. Ela terminou a manicure e arrumou a lima. Entretanto novo olhar às unhas mostrou que não estavam perfeitas. Inclinou-se de novo. Vinha aí nova sessão de manicure.

Nova inclinação para a malona e retirou... uma toalha de bidé rosa pálido. Temi pela sua vida! Afinal o que poderia vir aí? Uma exfoliação aos pés? 

Mas afinal ela limitou-se a pendura-la no porta-revista. Presumo que estivesse a secar, depois de a ter usado na sua extensa ida à casa de banho 

 

Há muita gente com falta de filtro social, não acham?

2 comentários

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    Happy 17.07.2018

    Sim, Devia estar enfiada numa quinta isolada, lá bem longe 
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