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happyness is everywhere

O Povo português é essencialmente cosmopolita. Nunca um verdadeiro Português foi português: foi sempre tudo. FP

happyness is everywhere

Controlo ou Zen...

A propósito de um telefonema ontem com uma amiga, disse-lhe para não stressar com coisas que estão fora do nosso alcance, do nosso controlo.

 

Há anos eu não era assim, as coisas impacientavam-me, fervia, telefonava, pressionava, enfim, não descansava enquanto aquele assunto não estivesse tratado. Gosto de assuntos encerrados, para poder deixar de pensar neles e seguir para o assunto seguinte.

Por isso as minhas listas. Nada me dá maior sensação de realização como ter uma lista de afazeres, ir riscando e chegar ao fim. Claro que entretanto vou acrescentando mais coisas, mas inerente a cada item, há um espaço temporal para o seu "período de molho". Como este fim de semana em que apesar da pouca vontade, cheguei a domingo à noite com todos os itens riscados. 

 

Essa minha amiga viveu até muito recentemente, uma situação laboral muito muito complicada, em que havia conflitos não apenas porque ela gosta do controlo das situações, mas também por uma questão cultural, do país onde trabalhava. E ontem já estava a stressar de novo com os afazeres desta nossa semana que começa hoje. Parece que nos últimos anos, cada uma escolheu um caminho diferente, sendo que o meu foi entrar numa espécie de realidade zen em que temos de separar aquilo que depende de nós e onde a nossa proactividade tem efeitos reais, e as situações que não dependem de nós e em que só ganhamos cabelos brancos.


No fundo, ocorre-me neste momento, como os filhos. Até uma determinada altura da vida deles, temos uma palavra, temos (ainda que com em conjunto), o controlo da sua situação escolar, amigos, saídas, etc... Depois, o meu filho foi para Lisboa estudar. E é impensável controlar ou mesmo tentar. Não tenho esse feitio. Talvez algumas mães o façam. Eu francamente sempre achei que os princípios e a essência da pessoa se estabelece até aos 12-14 anos. depois disso, os estímulos externos são por demais fortes. Portanto, ou os princípios existem e eles não se deixam abalar, ou sucumbem...  Acredito ter feito um bom trabalho nesse aspecto. 

 

E portanto também aí tenho uma visão zen: o que podia fazer, fiz. Agora ainda que possa aconselhar, orientar, já não sou a força motora. Portanto não vale a pena arreliar-me com possibilidades.

 

A experiência trouxe-me isso, um pouco como aquele princípio/mantra dos Alcoólicos:
"Serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, Coragem para mudar aquelas que posso, e sabedoria para distinguir umas das outras".

Muito sábio!

 

 

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