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happyness is everywhere

O Povo português é essencialmente cosmopolita. Nunca um verdadeiro Português foi português: foi sempre tudo. FP

happyness is everywhere

Cumprimentar por aí...

Nas minhas viagens por aí, há sempre uma questão que se põe: como cumprimentar as pessoas?

Nós Portugueses, somos os reis dos beijinhos, mas em muitas sociedades isso não é bem aceite.

Em Espanha, eles são informais como nós, portanto mesmo acabando de conhecer, podemos beijar as pessoas. E tratar por tu, se o ambiente não for muito formal...

Avançamos um pouco mais e em França eles também são beijoqueiros. Até mais do que nós...Porque em França há regiões onde se dá um beijo, noutras 2, 3 e mesmo 4! Na Córsega há 1/5 da população é adepta de 5 beijos. Aquilo nunca mais acaba!!!

Portanto temos sempre de saber onde estamos para faire la bise (significa literalmente fazer o beijo)... E a expressão é mesmo essa, porque para além de termos de saber quantos beijos são, ainda temos de saber de que lado se começa - esquerda ou direita. E entre pessoas chegadas, até os homens "font la bise". A sério... Nem sei se por cá há um lado correcto para começar...

Em Itália, dois beijos, da direita para a esquerda. Sem complicações.

Os britânicos até podem embarcar numa de beijos com pessoas acabadas de conhecer, mas um é o aceitável.

 

Depois começamos a avançar para os países mais nórdicos, e os beijos não são muito bem vistos. O aperto de mão é aí mais comum. Eu como boa Portuguesa que sou, e criada numa França de 4 beijinhos, assim que conheço melhor as pessoas, começo logo a distribuir beijinhos. E ainda digo, como desculpa: Sou Portuguesa: gosto de beijinhos! para quebrar o embaraço deles... depois até se acostumam, aceitam e acham piada.

Na Rússia, cautela: todos vão tentar esmagar os ossos da nossa mão. A sério, é de ficar agarradinha à mão quando a pessoa volta costas 

 

Do outro lado do Atlântico - Brasil, também temos um país dividido, com estados com um, dois ou três beijos. Já estive em São Paulo (um) e no Rio de Janeiro (dois). Nos Estados Unidos, eles são mais de abraços. Adoram abraçar. E digo-vos uma coisa: sabe mesmo bem! No México é aceitável o beijo se tivermos intimidade, mas como eles são muito parecidos connosco, essa intimidade ganha-se rápido! Na Colômbia, um beijo, seja qual for o relacionamento. 

 

Esta foi a parte que eu sabia. Agora vamos à parte em que eu pesquisei um pouco:

Na Nova Zelândia, as duas pessoas encostam as testas e esfregam, ou apenas tocam a ponta dos narizes. No Tibete, mostram a língua para provar que não têm a língua preta ou seja, que não são más. Em Tuvalu, Polinésia, encostam uma bochecha na outra e em seguida dar um snifadela no pescoço. Na Gronelândia, igual - pressionam parte do nariz e do lábio superior debaixo do rosto e inspiram profundamente.

 

Uma curiosidade que descobri ao pesquisar:

O famoso cumprimento de surfista, chamado shaka tem origem no facto de um famoso surfista havaiano que, tendo perdido os três dedos do meio num moedor de açúcar, passou a usar apenas o polegar e o dedo mínimo.

Mas o mais extravagante é em tribos que vivem no Quénia e na Tanzânia, onde cuspir nos amigos é uma forma de saudação. Os mais velhos directamente nos mais novos, mas os mais novos têm de cuspir na própria mão antes de a passar na pessoa mais idosa. 

 

E já vai longo o texto. Certamente alguém terá algo a acrescentar. Força!

 

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