Entre duas hipóteses, escolhe... uma terceira?
Em tempos uma amiga deu-me este sábio conselho. Entre duas hipóteses que não estão 100% certas, escolhe uma terceira.
Primeiro acto
Há um ex-namorado que tem insistido comigo para sairmos. Mais de 30 anos depois. Porque se divorciou há uns anos e porque (diz ele) fui uma das melhores coisas da sua vida.
E é aqui que me sinto a arrepelar toda. Já vos tinha dito que sou muito esquisita no que a homens diz respeito. Escolho, e escolho, e escolho...
Mas digam-me lá: Já não somos as mesmas pessoas porque 30 anos (e em especial estes 30 anos em que nos tornámos adultos, criámos família, fomos moldados pelo trabalho e com/pela pessoa que tivemos ao lado) nos tornou em pessoas diferentes, a vida continuou, o passado ficou no passado.
E depois, quão triste é dizer que alguém de um passado tão remoto foi o melhor que lhe aconteceu? Não sei a vossa opinião, mas a mim, isto arrepia-me no mau sentido...
Segundo acto
Aquele coração cheio de expectativa de que vos falei há dias, pode afinal não dar em nada. Porque deixei a parte racional interferir.
E porque a pessoa é um dos chefes directos do meu filho. E porque será certamente o orientador do seu mestrado em meados do ano.
E porque isso iria colocar muita agitação numa situação um pouco indefinida e possivelmente prejudicar o filhote.
Portanto, decidi que não vou avançar.
Terceiro acto
Mas continuo alegre e de coraçãozinho leve porque esta abertura, este interesse em outra pessoa significa que estou curada.
E isso deixa-me aberta a novas possibilidades, o que sinceramente acho que não existia antes.