Espumante na mala
No sábado fui jantar com amigos, a caminho de Lisboa. E lá tive de repetir toda a história de já não beber vinho... Daí este post:
Qual o maior desgosto de uma alentejana? Não beber vinho. E eu descobri há dois anos que não posso beber vinho.
Inicialmente o vinho tinto provocava-me dores de cabeça tão fortes no dia seguinte, que deixei de beber.
Depois o vinho branco começou a provocar os mesmos sintomas. No dia seguinte, a dor de cabeça infernal. Pequeno-almoçava, vomitava ao fim de umas horas (sorry pela imagem) e depois ficava bem.
Fui ao médico. Que sim, as alergias ao tanino são recorrentes, não definitivas, mas nada a fazer para as evitar. Ponto.
Mas há coisa de meio ano, num jantar de gala ali para os lados de Aveiro, não resisti a acompanhar o jantar que estava delicioso com uma pinga de espumante da região. E mais um pouco, e mais um pouco. Receei quando fui para o hotel, que estivesse imprópria para consumo no dia seguinte. Acordei e...
Tinha descoberto o espumante!!
Telefonei ao médico. Sim, é provável porque o espumante tem duas fermentações e os taninos vão-se. Ma-ra-vi-lha!
Passei a andar com garrafas de espumante no porta-bagagens. Qualquer jantar, qualquer saída, lá estava a alternativa
No outro dia fomos jantar aqui na cidade ao indiano. Perguntei se faziam sangria. Sim. De espumante? Não sei, volto já. Voltou: não temos espumante, só branca ou tinta. Inclinei-me sob a mesa, tirei a garrafa da mala, pousei-a triunfalmente sobre a mesa e disse: não me importo de pagar a sangria pelo preço normal, mas pode usar o espumante para a fazer?
Hilariante a cara do indiano.Parecia um daqueles desenhos animados de olhos esbugalhados! Mas sim, fizeram, nós bebemos e essa foi a primeira de muitas idas a restaurantes com o porta-bagagens como adega