PRD
Nenhuma das mortes de pessoas mais ou menos famosas me tocou tanto este ano como a de Pedro Rolo Duarte. E este ano, perdemos todos muita gente... música, representação, jornalistas...
Se olhar por cima do ombro para os meus anos 20 e 30, é Pedro Rolo Duarte, a par com Miguel Esteves Cardoso (os dois de certa forma inseparáveis), quem vejo com a claridade que aqueles anos trouxeram finalmente ao panorama português.
Acompanhei-o na Visão, no Tanto para conversar na RTP2, o Fala com Elas já não sei em que canal, mas o que mais me encantava eram as suas crónicas. Se tivesse de escolher uma palavra, seria ponderação. E tinha opiniões, coisa que às vezes hoje em dia, temos de mais, sendo na realidade, de menos.
O PRD arranjava as palavras, fazia-as dançar até que se encontravam todas numa ordem certa e a sua escrita era inspiradora.
Mais recentemente, descobri-o aqui na plataforma Sapo, e só me ocorre dizer que vou sentir falta de uma mente activa e que nos deixava beber das suas palavras.
Saudades.