Regresso ao tricot
A Joana, mesmo sem saber, tem andado a picar-me quando publicou aqueles posts sobre xailes.
E o facto do tempo ter andado instável fez-me pensar over and over again nos xailes dela. Num aconchego para pôr nos ombro numa saída à noite.
Vai daí não fui de modas. Loja comigo. Fio, agulhas de bambu e comecei.
Já não fazia tricot há uns 20 anos. Ia escrever 30, mas lembrei-me a tempo que quando o meu filho nasceu, tinha andado algum tempo a fazer uma mantinha para o carrinho de bebé.
Claro que tenho boas memórias de tricotar com 15 anos as minhas próprias camisolas - naquele tempo não havia nem dinheiro nem oferta e portanto, o que seria melhor do que escolher a cor, o feitio e o formato das nossas camisolas?
Também aprendi renda na altura e lembro-me perfeitamente de ser eu a fazer os naperons para a cozinha. Por vezes, quando não lhes dava laçadas suficientes, aquilo começava a enfolar e eu tinha de desmanchar. Nada me custava tanto como desmanchar. Cada volta perdida era um rio de lágrimas. A sério. Tão melodramática!!
Mas o ponto mais difícil estava para vir e foi dos últimos pontos que aprendi. Miosótis. Era bem bonito. Não sei se conseguiria voltar a fazê-lo. Presumo que seja como andar de bicicleta - nunca se esquece...
Bom, mas quanto ao meu xaile, eis como está.