The Healer - O filme
Na quarta-feira resolvi ir ao cinema, por receio que o filme deixasse de estar em exibição na mudança de cartazes.
Mais uma vez a história perde-se na tradução. The Healer diz muito mais do que "O que de verdade importa"
Este filme despertou-me a atenção por ser 100% solidário e todas as receitas reverterem para a unidade de transplante medular do IPO. Isso bastaria. Mas o elenco também cativa.
Não gostei particularmente do filme.
Trata-se da história de Alec, um engenheiro mecânico que perdeu toda a sua família e a quem os negócios não correm especialmente bem. Aparece um tio que lhe faz a proposta de ir viver 1 ano para o Canadá, para a sua casa de família. Essa é a condição para lhe pagar todas as dívidas, nomeadamente as de jogo.
Depois, começa a história de ele poder ser curandeiro (healer), aparentemente um dom de família que salta uma geração e foi aqui que me comecei a desligar. Não sou uma pessoa crente e esta história de curandeiros, não é para mim.
Vi o resto do filme como se fosse ficção. E realmente há momentos divertidos, momentos emocionantes (para mim, que vivi de perto uma luta perdida contra o cancro), mas todos eles me pareceram forçados, como se se vivesse num mundo perfeito, com falas perfeitas e relacionamentos perfeitos.
Terminou o filme. E para mim começou.
Porque no final, Começa a voz off a dizer que muita gente não acredita em Healers.
Mas que eles existem mesmo ( Healers do exist ) e eu às escuras ainda, a pensar como escapar daquilo.
Paul Newman foi um deles. (e começam a mostrar a foto dele rodeado de crianças)
E foi aqui que me emocionei.
Porque uma pessoa pode carregar a bondade no coração e ainda assim isso não ser do conhecimento geral. Ele fundou instituições juvenis de apoio à luta contra o cancro e campos de férias para crianças com cancro, numa tentativa de proporcionar a crianças sem qualquer hipóteses, uns dias diferentes, felizes.
E este foi um filme de homenagem ao Paul Newman e a toda a sua obra.
E eu senti-me pequenina porque para mim, Paul Newman era um actor, um sex-simbol dos anos 60-70 e nada mais.
Só por isso, e pelas numerosas fotos e vídeos de crianças doentes mas felizes, valeu a pena!